A mesa diretora da câmara municipal de Engenheiro Beltrão, dirigida pelo presidente Gustavo veterinário, cometeu uma gafe e abriu um precedente perigoso na sessão da última segunda-feira, dia 06 de maio. Foi colocado na ordem do dia o requerimento de um pré-candidato a vereador que faz oposição ao governo do prefeito Júnior Garbim, criticando um servidor municipal. O documento não apresentava qualquer evidência das acusações lidas em plenário.
O presidente Gustavo encaminhou o requerimento para ser lido na ordem do dia, onde um pré-candidato a vereador, sem qualquer prova material, faz criticas ao secretário de obras Vandão. A medida adotada pela presidência da mesa acabou usurpando a função de vereador, colocando o cidadão na cadeira de um deles.
Ainda que o cidadão tivesse uma queixa contra qualquer servidor municipal, ao assinar o ofício ele deveria protocolar a reclamação diretamente na prefeitura, jamais na câmara que não possui relação direta de hierarquia funcional sobre um servidor do outro poder.
O secretário Vandão negou as acusações e lamentou o ocorrido, que acabou o expondo publicamente sem dar a ele o direito de se defender de uma falsa acusação em que teria destratado o pré-candidato, quando este pediu que máquinas da prefeitura fizessem limpeza em seu terreno, de forma irregular.
No momento em que a presidência da casa abre um precedente perigoso como esse, ela coloca o cidadão comum, de forma a usurpar a cadeira dos vereadores, que estão ali para exercer esta função de fiscalizador e representante legal do cidadão. Pedidos de informações ao executivo, partindo da câmara, devem ser assinados por vereadores, caso contrário a função de vereador estaria sendo usurpada. Desta forma a presidência da câmara colocou a instituição como um mero "Pombo Correio", de um suposto indignado.
Para piorar a situação, o mesmo indivíduo, que faz oposição a atual gestão, no dia seguinte gravou áudios e espalhou por Whatsapp, chamando os vereadores de “vagabundos”, além de outras ofensas graves.
Alguns vereadores se mostraram indignados com a situação e um deles cobra um posicionamento firme da presidência da casa, para que isso não se repita e que as ofensas sejam levadas pela procuradoria jurídica da câmara imediatamente à justiça.
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