ANÁLISE - A candidatura de Débora Carvalho está ganhando força de maneira estratégica, sem se envolver em conflitos diretos e focando em apresentar-se como uma alternativa viável ao eleitorado, especialmente ao grupo mais jovem. Este grupo representa uma parcela significativa dos eleitores, cerca de 33%, que estão entre 16 e 35 anos.

Por outro lado, a postura adotada por Marinalva Carvalho, e algumas pessoas mais próximas, que inclui ataques à gestão do atual prefeito que não concorre, e polêmicas constantes, pode estar afastando dela uma parte do eleitorado que procura propostas concretas e uma abordagem mais conciliadora. Nos bastidores do grupo, o que se diz é que uma luz amarela está acesa, em especial pelo avanço de Débora Carvalho sobre o eleitorado da candidata do PP. 

O avanço de Débora sobre o eleitorado de Marinalva ganhou mais força nos últimos dias, em especial após uma tentativa desastrada do grupo de Marinalva em atacar o candidato Carlos Caxão. A nova polêmica veio após ataques contra Caxão, que em seguida acabou envolvendo um áudio comprometedor onde Marinalva Carvalho afirmava que iria matar cães que entrassem em sua propriedade, a tiros. Isso pode ter assustado esses eleitores mais indecisos, que estão migrando para os outros dois nomes.  

A estratégia de Débora de se distanciar desses conflitos pode estar criando uma percepção positiva para a candidata do União Brasil, sinalizando que subestimar sua candidatura pode ser um erro grave.

O fato de Débora já ter mostrado sua capacidade de mobilização nas eleições passadas, para deputada federal, obtendo uma votação expressiva no município mesmo contra nomes fortes como Ricardo Barros, que apoia Marinalva e teve menos votos que Débora em Barbosa Ferraz, é um indicador de que ela tem potencial para continuar crescendo e se consolidar como uma forte concorrente faltando poucos dias para o pleito eleitoral. A mudança no comportamento do eleitorado, que busca candidaturas autênticas e propostas claras, pode ser decisiva nesta disputa. Praticamente metade do eleitorado sequer lembra de detalhes de administrações que ocorreram há uma década, os mais jovens se lembram menos ainda. Para estes, não serve de nada vender o passado, não serve de nada brigas, o que vale é o agora. 

Carlos Caxão (PSD) também adota uma postura mais conciliadora, buscando evitar polêmicas e ao lado de Lucinete parece estar focado na apresentação de suas próprias propostas. Esse cenário sugere que, em uma eleição onde o comportamento e as ideias dos candidatos estão sob constante avaliação, qualquer deslize pode ter consequências graves para quem comete erros.

A preocupação do eleitorado jovem, que compõe cerca de 33% do total, com propostas concretas e mudanças reais, pode ser um fator decisivo. Esses eleitores parecem menos influenciados por ataques pessoais ou estratégias tradicionais de campanha e estão mais interessados em soluções que impactem positivamente a vida deles no município.