Na noite desta quarta-feira (28), aliados próximos à candidata à prefeitura de Barbosa Ferraz, Marinalva Carvalho (PP), usaram as redes sociais para disseminar ataques contra o candidato Carlos Caxão (PSD). Eles compartilharam um vídeo com uma falsa legenda que tentava associar Carlos Caxão a um caso de sacrifício de cães de rua que ocorreu quando ele era prefeito de Corumbataí do Sul. No entanto, a associação é falsa, já que o então prefeito de Corumbataí do Sul não teve qualquer envolvimento no episódio, conforme apuração do Ministério Público na época.

Após os ataques contra Caxão, internautas resgataram um áudio da candidata Marinalva Carvalho, onde ela, bastante irritada, discute com um homem que seria morador do distrito do Pocinho, que entrou em sua propriedade acompanhado de cães, e menciona que mataria qualquer cachorro que entrasse em sua propriedade, afirmando que anteriormente já havia atirado para matar cães que entraram em suas terras.

Ouça o áudio abaixo:

 

 

 

 

 

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Uma publicação compartilhada por Claudiney Costa (@colunadorato)

O caso em Corumbataí do Sul

No dia do caso, o prefeito Carlos Caxão estava fora da cidade. Na ocasião, a Polícia Militar foi acionada pela vigilância sanitária, que apurou que vários cães de rua estavam circulando em grupos na praça São Pedro e acabaram atacando uma senhora, que foi ferida nas pernas e socorrida na UBS local. Naquele período, havia constantes reclamações sobre ataques de cães de rua. Para lidar com a situação, um médico veterinário de Barbosa Ferraz, servidor concursado e responsável pela vigilância sanitária daquele município, interveio para recolher os cães que atacavam os pedestres. Os cães foram recolhidos e transportados para uma área rural do município, em um aterro sanitário, onde segundo os relatos na época, foram sacrificados.

Imagens e reportagens geraram uma investigação pelo Ministério Público, mas Carlos Caxão não foi mencionado na ação, pois estava ausente da cidade no momento dos fatos e não teve qualquer responsabilidade no caso. O médico veterinário envolvido, algum tempo depois pediu sua aposentadoria, sendo então exonerado posteriormente pelo prefeito Carlos Caxão, sendo ele mais tarde absolvido de todas as acusações pelo Conselho Regional de Veterinária. A defesa, realizada pelo advogado Adriano de Narde, conseguiu provar que a ação foi necessária e estava dentro dos limites legais para proteger a saúde pública.

A legislação da época permitia o sacrifício de animais de rua em situações onde fosse imprescindível para a saúde humana. A lei foi alterada só no dia 21 de outubro de 2021, com a lei nº 14.228/2021, quando o então presidente da república Jair Bolsonaro sancionou uma nova legislação, que foi publicada no Diário Oficial da União.