A Polícia Militar de Campo Mourão foi chamada para acompanhar uma denúncia de maus tratos a animais em um endereço da cidade. O apoio foi solicitado pela associação de proteção aos animais em Campo Mourão na tarde desta segunda-feira, dia 29, às 16 horas. A ação contou com a presença de voluntários da associação, um veterinário e outros agentes públicos municipais.
O local em questão era um barracão industrial, na Avenida Jhon Kennedy, no Lar Paraná, cujo responsável autorizou a entrada da equipe policial e dos demais agentes. No interior do barracão, havia várias galinhas soltas e dois galos trancados, que são galos da índia comumente usados em rinhas, devido à sua agressividade. Os galos apresentavam mutilações nos esporões, o que é comum em galos utilizados em rinhas, mas não foi possível determinar com clareza se os animais haviam participado de rinha.
Nos fundos do barracão, havia uma cadela que aparentava ter parido recentemente e estava com comportamento arredio e medroso. No local, também havia um cadáver de cachorro em decomposição e sinais de infestação por moscas e bichos, com um odor forte.
A cadela resgatada não tinha comida e a água estava suja, com restos de comida e mosquitos ao redor. Em outro barracão, sob os cuidados do mesmo proprietário, havia um cão pitbull magro, mas em condições aceitáveis de acordo com a análise veterinária. O local estava quente, fechado e com muitas fezes, pouca água e uma caixa d'água vazia com pneus dentro, contendo água parada e larvas de mosquito Aedes aegypti. Os agentes públicos municipais notificaram a vigilância sanitária sobre a presença do foco do mosquito da dengue.
O cão pitbull permaneceu no local, apenas recebendo orientações sobre os cuidados. A cadela do primeiro barracão foi acolhida pela associação de proteção aos animais e o proprietário foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil (16ª SDP).
A pena por esse tipo de crime vai desde multa de um a 40 salários mínimos por animal, até a prisão em casos extremos. Na esfera penal, o crime é previsto pelo artigo 32 da lei nº 9.605, com alteração da lei nº 14.064/2020, prevendo pena de reclusão de 2 a 5 anos, multa e proibição da guarda.
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