A Polícia Civil está investigando quatro guardas municipais suspeitos de terem torturado alguns adolescentes em situação de vulnerabilidade em um abrigo em Maringá, mantido com recursos da prefeitura. O caso teria ocorrido em 18 de março. Os guardas foram afastados de suas funções e receberam ordens da Justiça para não se aproximarem das vítimas.
O local abriga 13 adolescentes e 2 crianças de 11 anos em situação de vulnerabilidade, sem histórico de infrações criminais. De acordo com a delegada Karen Friendrich, do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria), uma confusão ocorreu no abrigo e uma educadora social que trabalha na instituição chamou a Guarda Municipal. Os agentes, segundo a investigação, teriam utilizado spray de pimenta contra as crianças e adolescentes, alguns dos quais estavam dormindo. A educadora, conforme apurado, não teria solicitado assistência médica após os adolescentes começarem a apresentar sintomas de mal-estar devido ao spray.
A prefeitura informou que a profissional, que é servidora municipal, solicitou exoneração e reforçou, por meio de nota, que repudia qualquer forma de violência. A Secretaria Municipal de Assistência Social afirmou estar oferecendo apoio psicológico aos adolescentes do abrigo. A delegada do Nucria mencionou que os guardas podem ser responsabilizados por tortura e lesão corporal. Nos próximos dias, ela planeja ouvir outros educadores, técnicos e o diretor do abrigo como parte das investigações.
Comentários: