Pelo visto tudo que possa acontecer para atrapalhar o trabalho da Secretaria Municipal de Saúde de Barbosa Ferraz, dirigida pelo secretário Leandro Mello, resolveu acontecer em ano de eleições municipais. Na última semana, dia 15 de julho, aconteceu uma fiscalização estranha e inesperada do Conselho Regional de Farmácia do Paraná (CRF/PR) no distrito de Ourilândia, que resultou na determinação de que todos os medicamentos na Unidade Básica de Saúde (UBS) fossem removidos e levados para a farmácia central municipal e as farmácias das UBS dos distritos fossem fechadas. Essa ação se deve à ausência de farmacêuticos com formação acadêmica fixa nessas unidades, o que é exigido pelo CRF/PR. Com isso, mesmo os pacientes de Ourilândia que fazem uso continuado de medicamentos não mais poderão ter o acesso rápido caso necessitem com urgência, mesmo que uma simples dipirona, ou um simples comprimido para dor.
A medida gerou dificuldades, pois a presença de farmacêuticos em todas as unidades é inviável devido aos altos custos e à necessidade de residência próxima às UBS para atendimento constante. O secretário Leandro Mello lamentou que os moradores dos distritos e regiões rurais não terão mais medicamentos à disposição nos Postos de Saúde da comunidade, devido a essa fiscalização inesperada determinar o procedimento.
O prefeito Miliossi disse que nos próximos dias vai encontrar uma forma de resolver o problema, encontrando uma solução que atenda os pacientes que precisam dos medicamentos.
Publicidade
Na notificação, os fiscais CRF/PR alegaram que os agentes de saúde lotados nas UBS não tem formação acadêmica em farmácia e por isso não podem entregar nenhum tipo de medicamento a pacientes, mesmo com a receita médica.
Nestes últimos dias, além do CRF/PR, a Secretaria de Saúde também foi alvo de fiscalizações do Conselho Regional de Enfermagem (COREN/PR), resultando no fechamento temporário das cinco UBSs, e do Conselho Regional de Medicina (CRM), que chegou no dia de uma importante ação de tratamento de doenças oculares na cidade. Leandro lamenta a situação, destacando que há pelo menos 40 anos de história da saúde do município nunca havia ocorrido uma fiscalização tão intensa como agora e que a população é quem sofre as consequências.
Comentários: